Volgin: Snake! Não acabou ainda, você não tem saída!
Eva: Falhamos!
Snake: Nada bom!
Eva: Segure-se!
Sobre a moto, Snake e Eva, perseguidos pelo Shagohod, passam por diversos soldados atirando contra eles. Snake carrega com ele um lança-mísseis. O Shagohod tenta seguir Snake e Eva, mas demora um tempo para se livrar da passarela de Groznyj Grad, que bloqueia seu caminho.
Eva: Não consigo despistá-lo!
Snake: O lança-mísseis não fez nada na armadura!
Eva: Vamos pra ponte!
Snake: Pra ponte? Achei que você tivesse armado o C3 lá!
Eva: Eu armei... Vamos distraí-lo até a ponte...
Snake: ...e explodimos tudo junto com ele. Bom plano!
Eva: Ela está do outro lado da pista dessa pista. Temos que cortar pelo meio da base. Pronto?
Snake: Manda ver! Se ele nos pegar, já era!
Eva: Bom... vamos lá!

Ocelot: Filho da puta!!!
Volgin: Snake, tenho uma surpresa pra você! Você não vai fugir!
Eva: Snake, só temos uma chance. Quando o Shagohod estiver na ponte, atire nos explosivos. As duas bombas estão na estrutura da ponte.

Eva: Olha!
Volgin: Ainda não acabou!
Snake: Eva, tome conta da direção.
Eva: Mesmo?
Snake: Sim, eu confio em você. Com uma condição apenas: deixe a luta comigo.
Eva: Você tem razão. Cansei de fugir também.
Snake: Eva... nós vamos conseguir.

Eva: Pra dar sorte.
Snake: Vamos lá!
Snake acerta algumas vezes o Shagohod com o lança-mísseis, que pára não por estar destruído, mas por apresentar alguma pane. Volgin aparece sobre o Shagohod e, numa tentativa desesperada, finca seus braços nos cabos elétricos e começa a dar força novamente para o Shagohod funcionar.

Snake: O quê?!
Eva: Vou atraí-lo na nossa direção.
Snake: Você vai se fazer de isca? Enlouqueceu?!
Eva: Estou acostumada com esse cara, eu sei como lidar!
Snake: ...
Eva: Volgin, seu cabeçudo!!!
Eva atrai Volgin e Snake atira para matar. Prestes a morrer, começa a chover vermelho, como se a água fosse sangue. Volgin é atingido por um trovão e incendeia-se. As balas penduradas em seu corpo começam a ser disparadas. Snake e Eva se abraçam aliviados.

Snake: Frito por um raio de luz... um final apropriado. Finalmente acabou.
Eva: Não temos tempo pra isso agora. A estrada de terra é logo à frente. Vamos indo.
Algumas motos que os perseguiam conseguem dar a volta na montanha e vêm em direção a eles. Durante o caminho, eles conseguem despistar os motoqueiros, mas Eva nota algo errado com a própria moto.

Eva: Não cante vitória antes do tempo... Está vazando combustível.
Snake: Droga! O tanque tomou um tiro...
No que Eva se abaixa para checar o tanque, eles passam por cima de um galho que os faz cair do alto da montanha e rolar até perto de um pântano. Snake cai de costas e, tirando a dor, está bem, mas não se vê Eva. Snake caminha um pouco e a vê sentada apoiada no barranco. Ela tira a mão de um ferimento: um galho de árvore perfurou seu abdômen.
Snake: Eva!
Eva: Estou aqui...
Snake: Eva!!!
Eva: Snake... como isso... parece?
Snake: ...muito mal.
Eva: Você é um insensível.
Snake: Eva...
Eva: E você, está bem, Snake?
Snake: Estou legal.
Eva: Que bom ouvir isso.
Snake: Temos que dar o fora daqui, Eva. Vamos.
Eva: Me deixe.
Snake: Eva!
Eva: A Boss está esperando. Você tem que ir. Me dê uma arma...
Snake: Não! Vamos sair daqui juntos!

Snake: Não acredito...
Eva: Ãhn?
Snake: Nunca pensei que você fosse assim tão fraca.
Eva: O que quer dizer com isso?
Snake: Olha, Eva. Estamos nessa juntos.
Eva: Não, você...
Snake: Eva... eu preciso de você!
Eva: Diga isso mais uma vez...
Snake: Eu preciso de você. Não posso decolar um WIG sozinho.
Eva: Hahaha! Tudo bem, então. Acho melhor ajudar... Você tem muita sorte em me ter.
Eva força seu corpo para fora do galho. Entretanto, ao se levantar, desmaia na mesma hora. Snake usa seus últimos suprimentos para tratar Eva e fazê-la andar, mesmo com dificuldade por causa da dor. Eles seguem a pé pelo pântano e, após cruzarem um barranco, avistam o lago. O WIG está estacionado. Eva consegue apressar seu passo em direção ao avião, mas Snake vira-se, relutante em ir embora.

Snake: ...
Eva: É a Boss, não é? Vou preparar o WIG para decolar.
Snake: Tudo bem.
Eva: Vou deixar vocês a sós, mas volte inteiro, por favor.
Snake: ...
Eva: Me promete?!
Snake: ...
Snake sabe que não pode prometer nada. Assim que ele fica sozinho, ouve-se o barulho de uma explosão nuclear longínqua e o cenário fica branco. O campo que era verde sobrenaturalmente se transforma num lindo campo cheio de pinheiros altos e flores brancas por toda a parte. As pétalas voam em razão do vento ameno. A Boss aparece e larga no chão somente o sistema de lançamento Davy Crockett restante, sem a bomba.

Snake: Boss, por que está fazendo isso?
Boss: Por quê? Para tornar o mundo um só mais uma vez. O mundo costumava ser completo, mas com o fim da Segunda Guerra, o Filósofos começaram a lutar entre si e o mundo se partiu. Os Cobras, meus parceiros que treinaram e lutaram ao meu lado, também se partiram. As manias políticas e o passar do tempo podem transformar amigos em inimigos de maneira tão rápida como muda o vento. Ridículo, não? A aliança do passado se torna a oposição do presente. E essa Guerra Fria?... Pense bem: quando eu liderava os Cobras, os Estados Unidos e a Rússia lutavam juntos. Agora, imagine se os Estados Unidos e a Rússia vão continuar inimigos no século 21... De certa forma, eu duvido. Os inimigos mudam com o tempo, a cada geração. E nós, soldados, somos forçados a obedecer. Eu não criei você nem o formei no homem que é hoje para que enfrentássemos um ao outro numa batalha. As habilidades de um soldado não deveriam existir para machucar os amigos. Então, o que é um inimigo? Existe algo como um inimigo absoluto, imutável com o tempo? Não existe coisa assim e nunca existiu. E a razão pra isso é que nossos inimigos são seres humanos como nós: só podem ser nossos inimigos em termos relativos. O mundo precisa se tornar completo novamente, os Filósofos precisam ser reunidos. Eu devoto as minhas habilidades para esse propósito e, com o dinheiro do coronel, vou alcançar essa finalidade, assim como uma vez eu criei os Cobras. Eles são minha família. Eu posso não ser mais capaz de parir um filho, mas ainda tenho uma família.
Era 1 de Novembro de 1951, eu estava no deserto de Nevada participando de um teste atômico. O nome Nevada deriva do espanhol: coberto de neve, branco como a neve... E neve foi exatamente o que vi naquele deserto de Nevada: congelou meu coração como se tivesse nascido branco. Snake, você também esteve num teste atômico, não? No Atol de Bikini (119). Essa foi parte da razão pela qual fui levada a você: somos parecidos. Nós dois estamos sendo devorados lentamente pelo karma dos outros, nunca teremos chance de morrer em paz de velhice. Nós não temos amanhã... mas ainda podemos ter esperança no futuro.



A Boss abre a parte de cima de seu macacão.

Snake: ...
Boss: Nunca falei tanto sobre mim desse jeito... Obrigado... obrigado por me ouvir... Me senti... aliviada.
Com lágrimas nos olhos, Boss fala num rádio.
Boss: Começar a operação.
Snake: !
Boss: Snake, eu o criei, o amei, lhe dei armas, lhe ensinei técnicas, o enriqueci com conhecimento. Não tem mais nada que eu possa lhe dar. Tudo o que lhe resta é tirar minha vida com suas próprias mãos. Um precisa morrer e o outro precisa viver. Sem vitórias, sem derrotas. O vencedor vai continuar lutando, é o nosso destino... Quem sobreviver vai levar o título de Chefe e, quem herdar o título de Chefe, vai enfrentar a existência de uma batalha sem fim. Vou lhe dar 10 minutos. Em 10 minutos, MiGs (122) vão vir bombardear o local. Se você me matar em 10 minutos, você escapa a tempo. Vamos fazer deles os maiores 10 minutos de nossas vidas, Jack.
Snake: Boss!
Boss: Você é um soldado! Complete sua missão! Prove sua lealdade! Me enfrente!
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